Criptografia é uma tecnologia utilizada há bastante tempo para evitar que terceiros subtraiam ou fraudem informações sigilosas
Artigo produzido por Valid Certificadora
Desde a Segunda Guerra Mundial, a máquina de cifração alemã chamada Lorenz era utilizada, mas nos tempos modernos a tecnologia evoluiu e se transformou completamente, originando diferentes tipos de criptografia.
É importante conhecer quais são esses tipos e as suas principais diferenças para entender como tecnologias, por exemplo, certificados digitais, conseguem proteger seus dados. Neste artigo, vamos listar e explicar as 10 criptografias mais usadas e como cada uma delas funciona. Boa leitura!
1. DES
Data Encryption Standard (DES) é uma das primeiras criptografias utilizadas e é considerada uma proteção básica de poucos bits (cerca de 56). O seu algoritmo é o mais difundido mundialmente e realiza 16 ciclos de codificação para proteger uma informação.
A complexidade e o tamanho das chaves de criptografia são medidos em bits. Quando uma criptografia é feita com 128 bits, significa que 2128 é o número de chaves possíveis para decifrá-la.
Atualmente, essa quantidade de bits é considerada segura, mas quanto maior o número, mais elevada será a segurança.
Quando dizemos que um bloco foi criptografado em bits, significa que um conjunto de informações passou pelo mesmo processo da chave, tornando-se ilegível para terceiros.
O DES pode ser decifrado com a técnica de força bruta (o programa testa as possibilidades de chave automaticamente durante horas). Por essa razão, os desenvolvedores precisam buscar alternativas de proteção mais complexas além do DES.
2. 3DES
O Triple DES foi originalmente desenvolvido para substituir o DES, já que os hackers aprenderam a superá-lo com relativa facilidade. Houve um tempo em que o 3DES era o padrão recomendado para segurança.
Essa criptografia recebe esse nome pelo fato de trabalhar com três chaves de 56 bits cada, o que gera uma chave com o total de 168 bit. Especialistas no tema argumentam que uma chave de 112 bits é suficiente para proteger os dados.
3. DESX
Essa é outra variante do DES e trata-se de uma solução bastante simples do algoritmo, mas que aumenta exponencialmente a resistência contra ataques de força bruta sem elevar a sua complexidade computacional.
Basicamente, adicionam-se 64 bits antes da encriptação, o que aumenta a proteção de 120 bits contra força bruta. Atualmente, essa tecnologia não é mais imune contra ataques mais sofisticados, como criptoanálises (o programa evolui a cada tentativa de decifração).
4. AES
Advanced Encryption Standard (AES) — ou Padrão de Criptografia Avançada, em português — é o algoritmo padrão do governo dos Estados Unidos e de várias outras organizações. Ele é confiável e excepcionalmente eficiente na sua forma em 128 bits, mas também é possível usar chaves e 192 e 256 bits para informações que precisam de proteção maior.
O AES é amplamente considerado imune a todos os ataques, exceto aos ataques de força bruta, que tentam decifrar o código em todas as combinações possíveis em 128, 192 e 256 bits, o que é imensamente difícil na atualidade.
5. Camellia
Desenvolvido em 2000, Camellia é uma criptografia que decifra blocos de informações. Trata-se de uma tecnologia com níveis de segurança bastante semelhantes ao AES, já que pode ser processada em 128, 192 e 256 bits.
Camellia pode ser implementada tanto em softwares (programas) quanto hardwares (peças físicas de computador). Também é compatível com tecnologias mais econômicas de 8 bits (smartcards, sistemas de operação em tempo real etc.) até com processadores mais potentes de 32 bits (computadores de mesa).
6. RSA
Rivest-Shamir-Adleman (RSA) foi um dos pioneiros em relação à criptografia de chave pública, seu nome é composto pelos sobrenomes de seus criadores, que também são fundadores da companhia RSA Data Security.
Esse é considerado um dos algoritmos mais seguros do mercado, por essa razão também foi o primeiro a possibilitar a criptografia na assinatura digital.
O RSA funciona da seguinte forma: ele cria duas chaves diferentes, uma pública e outra privada (que deve ser mantida em sigilo). Todas as mensagens podem ser cifradas pela pública, mas somente decifradas pela privada.
Atualmente, essa tecnologia é utilizada em operações rotineiras, como envio de e-mails, compras online, assinatura digital, entre outras atividades.
7. Blowfish
Esse é outro algoritmo desenvolvido para substituir o DES. É uma cifra simétrica que divide as informações em blocos de 64 bits e criptografa cada um deles individualmente.
O Blowfish é conhecido por sua velocidade de encriptação e efetividade em geral. Trata-se de uma tecnologia bastante segura, pois há estudiosos no assunto que afirmam que o código não pode ser quebrado.
Ele é completamente grátis, e qualquer indivíduo pode conseguir uma cópia de seu código-fonte, alterar e utilizá-lo em diferentes programas. De forma geral, o Blowfish é usado em plataformas de e-commerce para garantir segurança nos pagamentos e proteger senha de acesso dos usuários.
8. Twofish
O Twofish é uma variação do Blowfish e também consiste na cifração de blocos simétricos. A diferença é que ele é formado por blocos de 128 bits e chaves de até 256 bits.
A tecnologia é considerada uma das mais rápidas de seu tipo e é ideal para prover segurança de softwares e hardwares. Seu código-fonte também é gratuito, podendo ser manipulado e utilizado por qualquer programador.
Existe outra variação da mesma criptografia chamada Threefish, a diferença é que os tamanhos dos blocos são de 256, 512 e 1024 bits, com chaves do mesmo tamanho.
9. SAFER
SAFER (“mais seguro” em português) é uma sigla para Secure and Fast Encryption Routine. Consiste na criptografia de blocos em 64 bits, por isso é conhecido como SAFER SK-64.
Entretanto, foram encontradas fraquezas nesse código, o que resultou no desenvolvimento de novas versões com diferentes tamanhos de chave, como a SK-40, SK-64 e a SK-128 bits.
10. IDEA
O Internacional Encryption Algorithm (IDEA) é uma chave simétrica desenvolvida em 1991, que opera blocos de informações de 64 bits e usa chaves de 128 bits.
O algoritmo utilizado atua de forma diferente, pois usa a confusão e difusão para cifrar o texto. Na prática, ele utiliza três grupos algébricos com operações misturadas, e é dessa forma que o IDEA consegue proteger as informações.
Existem diferentes tipos de criptografia e entendê-los é relevante para que o usuário saiba exatamente como suas informações são protegidas ao utilizar a internet e manusear certificados digitais.
Fonte: Blog da Valid Certificadora
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