A empresa transnacional Wikileaks acusou o Google, esta semana, de facilitar o acesso aos e-mails de três dirigentes da companhia para as autoridades americanas sem que houvesse alguma notificação. O acesso oculto teria durado três anos.
De acordo com a agência de notícias francesa AFP os advogados do Wikileaks entraram com um processo não apenas contra o gigante Google, assim como contra o próprio departamento de justiça americano, que segundo os profissionais violaram os direitos pessoais de privacidade assim como os direitos jornalísticos do site que é conhecido por divulgar informações sigilosas em seu conteúdo.
Para fazer a acusação, a empresa respaldou-se em um documento divulgado pela AFP, que mostra que um juiz federal teria solicitado certas informações sobre a Wikileaks ao Google, e que a empresa teria colaborado “mais do que o necessário” expondo a empresa de uma maneira ilegal.
As informações de e-mails teriam sido repassadas às autoridades no dia 5 de Abril de 2012 e os três dirigentes afetados pelo acesso são Sarah Harrison, Kristinn Hrafsson e Joseph Farrell.
O governo americano confirma a investigação ao Wikileaks, porém os advogados apontam que o alcance das verificações é maior do que as divulgadas.
O site Wikileaks divulgou aproximadamente 500.000 relatórios militares e 250.000 telegramas da diplomacia americana, todos documentos considerados segredos de defesa.