Ouvir falar em violação de dados tornou-se um assunto rotineiro, o que faz com que os consumidores comecem a acreditar que as credenciais de seus cartões de crédito e débito nunca estão seguras.
Para Ellen Richey, vice-presidente de risco e políticas públicas para a Visa Inc., essa mentalidade ameaça a confiança e consequentemente o crescimento dos pagamentos por esses meios.
Mas nem tudo é tristeza e desgraça já que as proteções dos cartões estão preparadas para os ataques do cibercriminosos. Os pagamentos eletrônicos permanecem muito mais seguros do que carregar dinheiro, mas notícias sobre grandes violações de dados podem “aumentar o seu impacto” levando os consumidores à conclusão oposta, completou ela.
Para a indústria de pagamentos dos EUA, a migração dos “cartões comuns” para cartões EMV com chip de segurança torna 2015 um ano crítico. A Visa espera que mais de 50% dos cartões e terminais nos EUA sejam atualizados até o final do ano.
A empresa também pretende desenvolver seu serviço com o uso de tokens de segurança, que tem “o potencial de prevenir a migração em massa das fraudes em lojas físicas para o e-commerce”, disse Ellen.
A vice presidente, que está no cargo a cinco meses, tem representado a companhia em várias reuniões de segurança e apresentações em Washington.
Ellen aproveitou o mês das mulheres para comentar a experiência de estar em dos cargos mais altos de uma multinacional como a Visa e afirmou que no mercado de pagamentos há lugar para todos.
“É um grande momento para ser uma empresa de pagamentos”, afirmou ela. “Uma indústria que já foi considerada sinônimo de conservadorismo, está, enfim, abraçando as inovações da era digital”, completa.