Se havia qualquer dúvida a respeito do aumento de crimes virtuais nos últimos anos, não há mais: segundo a firma de consultoria Kroll, pela primeira vez desde 2007, quando a empresa começou o estudo, o número anual de fraudes online ultrapassou o de golpes “físicos”.
Nos anos anteriores, o roubo a ativos físicos ou a estoques eram maiores que os crimes virtuais. No entanto, em 2010, a partir dos dados levantados pela Unidade de Inteligência Econômica com mais de 800 executivos do mundo, chegou-se aos seguintes índices: 27,3% para os delitos na Internet e 27,2% para saques no mundo real.
A margem é pequena, é verdade, mas a tendência é que ela aumente. Em 2009, os golpes online ficaram em terceiro na classificação, com participação de 18% nos roubos, ante 28% dos assaltos, e 20% para corrupção interna.
A conclusão da pesquisa é pessimista: “Os dados sugerem que as coisas ficarão piores antes de melhorar”, prevê. “Ataques ou roubos pela Internet é o tipo crime que as empresas se dizem mais vulneráveis (37%)”. Nesse sentido, é a principal preocupação para companhias das áreas de serviços financeiros, serviços profissionais e recursos naturais, e o segundo maior temor para os setores de construção, tecnologia, mídia e telecom, e varejo.
Embora a corrupção seja o fator que mais inibe as empresas a investir em países estrangeiros – citado por 17% delas – o roubo de informações confidenciais vem logo em seguida, com índice de 19%. Essa porcentagem , no entanto, varia muito de acordo com a região para onde se destinaria os recursos: de 7% para a Europa Ocidental a 31% para Europa Central e Oriental.
Fonte: IDG Now!
Por John P. Mello Jr
Publicada em 20 de outubro de 2010 às 18h29
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