Este estudo analisa as tendências, desafios e convergências entre convergência dos riscos globais, cibersegurança e inteligência artificial com ênfase na construção de capacidades para a gestão de crises e no fortalecimento da resiliência organizacional
Por Leonardo Ferreira

1. Resiliência Organizacional em um Cenário de Riscos Globais
O cenário Riscos Globais está cada vez mais complexo e interconectado, impulsionado por crises geopolíticas, instabilidade econômica e avanços tecnológicos que não apenas impõem desafios sem precedentes, mas também criam oportunidades estratégicas para organizações.
Nesse contexto dinâmico, a resiliência organizacional torna-se um elemento essencial para garantir a continuidade dos negócios, mitigar impactos adversos e fortalecer a capacidade de adaptação diante de um ambiente em constante transformação. Cenários confirmados nos relevantes relatórios do Fórum Econômico Mundial (WEF) de 2025.
Diante desse panorama, este estudo analisa as tendências, desafios e convergências dos riscos globais, cibersegurança e inteligência artificial (IA), com ênfase na construção de capacidades para a gestão de crises e no fortalecimento da resiliência organizacional.
O objetivo é compreender como esses fatores interagem em um ambiente de crescente complexidade e incerteza, impactando diretamente a segurança e a sustentabilidade das organizações.
Baseado nos relatórios do WEF, Global Risks Report 2025, Global Cybersecurity Outlook 2025 e AI & Cybersecurity: Balancing Risks and Rewards 2025, o estudo avalia o impacto das dinâmicas de riscos globais e propõe estratégias para mitigar ameaças, antecipar riscos e fortalecer a capacidade de resposta de organizações públicas e privadas.
O objetivo é identificar práticas eficazes que promovam uma postura proativa diante de ameaças emergentes e cenários de crise, reforçando a resiliência organizacional em um contexto cada vez mais complexo e interconectado.
Ao integrar essas perspectivas, o artigo oferece uma visão abrangente das ameaças sistêmicas que afetam governos e empresas, facilitando o desenvolvimento de estratégias mais eficazes para o fortalecimento da resiliência organizacional.
Esse esforço é essencial tanto para o setor público quanto para o privado, no Brasil e no cenário global, permitindo uma adaptação mais ágil e robusta em um ambiente dinâmico e interconectado.

2. Riscos Globais, Cibersegurança e IA: Desafios e Tendências
Para ampliar a compreensão sobre o tema, apresentamos as principais tendências emergentes destacadas nos relatórios do WEF.
Esses documentos oferecem insights valiosos sobre os desafios e oportunidades que moldam o futuro da segurança digital, da gestão de crises e da resiliência organizacional.
Na sequência do artigo, detalharemos os três relatórios, destacando suas contribuições para a compreensão dos riscos globais e das estratégias de mitigação.
2.1 Global Risks (Riscos Globais) Report 2025
O relatório destaca que as forças estruturais das últimas décadas – aceleração tecnológica, mudanças geoestratégicas, crises climáticas e transição demográfica – continuam a se intensificar, tornando os riscos globais mais complexos e urgentes. Esse cenário impulsiona uma mudança de paradigma na ordem mundial, marcada por instabilidade, polarização, perda de confiança e insegurança.
A metodologia do Global Risks Report 2025 baseia-se na Pesquisa de Percepção de Riscos Globais (GRPS – Global Risks Perception Survey), que reuniu insights de mais de 900 especialistas dos setores acadêmico, empresarial, governamental e da sociedade civil.

Os riscos globais foram analisados em três horizontes temporais:
- Curto prazo (2025) – Ameaças iminentes que podem comprometer a estabilidade global.
- Médio prazo (2027) – Riscos emergentes com potencial de se intensificar nos próximos anos.
- Longo prazo (2035) – Riscos estruturais que podem redefinir o cenário global.
2.1.1 Riscos Globais de Curto Prazo (2025)
Estes são riscos iminentes que podem gerar crises materiais no cenário global:
- Conflitos Armados entre Estados – O risco mais grave para 2025, impulsionado por guerras na Ucrânia, Oriente Médio e Sudão, além de tensões entre China-Taiwan e EUA-China.
- Eventos Climáticos Extremos – Ondas de calor, inundações, incêndios florestais e furacões cada vez mais frequentes e destrutivos devido às mudanças climáticas.
- Desinformação e Fake News – A disseminação de conteúdos falsos, amplificada por IA generativa, ameaça eleições e a confiança pública.
- Polarização Social – Crescente fragmentação política e social, dificultando a governança e a formulação de políticas eficazes.
- Confronto Geoeconômico – Sanções, tarifas comerciais e barreiras econômicas aumentando tensões e riscos globais.
- Crise Econômica e Desemprego – Incerteza sobre crescimento econômico, riscos de recessão e desigualdade social elevada.
- Erosão dos Direitos Humanos – Restrição de liberdades civis e vigilância estatal intensificada.
- Escassez de Recursos Naturais – Pressão sobre água, minerais e alimentos gerando conflitos geopolíticos.
- Ciberespionagem e Guerra Cibernética – Crescente sofisticação dos ataques cibernéticos, ameaçando empresas e governos.
- Poluição – Poluentes urbanos e industriais atingindo níveis críticos, afetando saúde pública e ecossistemas.
2.1.2 Riscos Globais de Médio Prazo (2027)
Ameaças emergentes que podem se intensificar nos próximos anos:
- Desinformação e Manipulação Digital – Permanência como o risco mais grave devido à influência da IA na manipulação da opinião pública.
- Eventos Climáticos Severos – Impactos ambientais se tornando cada vez mais incontroláveis.
- Polarização Social e Instabilidade Política – Governos enfrentando dificuldades para implementar políticas devido à fragmentação social.
- Ciberataques e Espionagem Digital – Expansão das operações de guerra cibernética por governos e grupos criminosos.
- Conflitos Armados Persistentes – Guerras prolongadas e novos focos de instabilidade geopolítica.
- Crise Econômica e Falência de Estados – Países vulneráveis enfrentando dificuldades para se manter economicamente viáveis.
- Escassez de Recursos Naturais Crítica – Disputa global por acesso a matérias-primas essenciais.
- Erosão dos Direitos Humanos e Censura – Expansão do controle governamental sobre informações e vigilância digital.
- Tensões Geoeconômicas e Protecionismo – Barreiras comerciais e desglobalização enfraquecendo a economia mundial.
- Impactos Negativos da IA – Riscos associados à automação desenfreada e ao uso de IA em fraudes e ataques cibernéticos.
2.1.3 Riscos Globais de Longo Prazo (2035)
Desafios estruturais que podem redefinir o cenário global no longo prazo:
- Colapso dos Ecossistemas e Perda de Biodiversidade – Impacto irreversível na fauna, flora e segurança alimentar.
- Mudanças Climáticas e Alterações no Sistema Terrestre – Transformações ambientais profundas e irreversíveis.
- Escassez Global de Recursos Naturais – Crise de fornecimento de água, energia e minerais essenciais.
- Riscos da Inteligência Artificial e Biotecnologia – Perigos éticos e de segurança com avanços não regulados.
- Sociedades Superenvelhecidas – Problemas com sistemas previdenciários, escassez de mão de obra e sobrecarga nos sistemas de saúde.
- Crescimento do Autoritarismo e Vigilância Estatal – Aumento do controle governamental sobre cidadãos e redução das liberdades individuais.
- Colapso da Governança Global – Enfraquecimento de instituições internacionais como ONU e OMC.
- Expansão de Epidemias e Riscos Biológicos – Aumento de pandemias e ameaças biotecnológicas, como engenharia genética descontrolada.
- Conflitos por Controle Tecnológico e de Dados – Disputas por infraestrutura digital e inteligência artificial avançada.
- Desastres Ambientais e Poluição Extrema – Poluição fora de controle, comprometendo qualidade de vida e saúde pública.
2.1.4 Análises dos Três Horizontes Temporais: Convergências e Tendências
Embora cada período apresente desafios específicos, existem pontos de convergência e tendências estruturais que indicam a intensificação de determinados riscos ao longo do tempo. Os três horizontes temporais — curto, médio e longo prazo — revelam riscos interconectados que se amplificam progressivamente, evidenciando dinâmicas comuns que atravessam diferentes contextos e escalas.
2.1.4.1 Pontos de Convergência entre os Horizontes Temporais
Os três horizontes temporais compartilham riscos interligados que se intensificam ao longo do tempo:
- Polarização e Instabilidade Geopolítica – Conflitos armados, desinformação e erosão da governança global tornam a cooperação internacional mais difícil.
- Aumento da Complexidade dos Riscos Tecnológicos – A cibersegurança evolui de ataques digitais para riscos combinados com IA e biotecnologia.
- Crises Climáticas e Escassez de Recursos – O agravamento dos eventos climáticos e a disputa por recursos essenciais aumentam as tensões e riscos globais.
- Impactos Econômicos e Sociais Estruturais – A desigualdade econômica e o envelhecimento populacional pressionam mercados e sistemas previdenciários.
2.1.4.2 Tendências Observadas nos Horizontes Temporais
Os riscos evoluem de choques imediatos para crises estruturais irreversíveis:
- Curto Prazo (2025): Instabilidade e Choques Imediatos – Conflitos geopolíticos, eventos climáticos extremos e ameaças cibernéticas crescentes.
- Médio Prazo (2027): Amplificação de Riscos Existentes – Expansão da guerra híbrida digital, escassez de recursos naturais e maior protecionismo econômico.
- Longo Prazo (2035): Riscos Estruturais e o Ponto de Não Retorno – Colapso ecológico, envelhecimento populacional crítico e disputas tecnológicas intensificadas.
2.2 Global Cybersecurity Outlook 2025
O relatório apresenta uma análise aprofundada da crescente complexidade do cenário global de cibersegurança, destacando fatores como tensões geopolíticas, rápida adoção de tecnologias emergentes, interdependência das cadeias de suprimentos e ampliação das lacunas de competências em segurança digital, que estão redefinindo o panorama das ameaças cibernéticas.
Diante de ataques cada vez mais sofisticados e da disparidade crescente na resiliência entre organizações de diferentes portes e regiões, o documento propõe uma reflexão crítica sobre a urgência de uma abordagem proativa, colaborativa e focada no fortalecimento da resiliência cibernética.

2.2.1 Desafios Emergentes e Estratégias para a Resiliência Digital Global

O relatório destaca que, ao lado dos desafios e tendências emergentes, também surgem oportunidades estratégicas para fortalecer a resiliência cibernética e impulsionar a inovação em segurança digital. O equilíbrio entre esses três pilares é fundamental para organizações que buscam não apenas se proteger, mas também se destacar em um ambiente digital cada vez mais complexo.
2.2.1.1 Principais Tendências
- Crescimento da Complexidade no Ciberespaço: O aumento da interconectividade global e da digitalização está ampliando a superfície de ataque e exigindo novas abordagens para a gestão de riscos.
- Adoção Acelerada da Inteligência Artificial (IA): A IA está sendo integrada tanto em defesas cibernéticas quanto em estratégias ofensivas de cibercrime, transformando a dinâmica da segurança digital.
- Expansão da Economia do Crime Cibernético (CaaS): O modelo de Cybercrime-as-a-Service democratiza o acesso a ferramentas de ataque, aumentando o volume e a sofisticação das ameaças.
- Interdependência de Ecossistemas Digitais: O aumento da dependência de terceiros e infraestruturas críticas gera riscos sistêmicos que exigem colaboração entre diferentes setores.
- Proliferação de Regulações de Cibersegurança: O avanço de normas e regulamentos globais busca padronizar práticas de segurança, embora crie desafios de conformidade para organizações multinacionais.
2.2.1.2 Principais Desafios
- Tensões Geopolíticas e Ciberameaças Estatais: O uso do ciberespaço como campo de batalha por Estados-nação aumenta o risco de ataques direcionados a infraestruturas críticas.
- Defasagem de Talentos em Cibersegurança: O déficit global de profissionais qualificados dificulta a capacidade de resposta rápida a ameaças emergentes.
- Ataques Avançados Baseados em Engenharia Social: O uso de IA generativa para criar golpes mais sofisticados, como deepfakes e phishing avançado, desafia as defesas tradicionais.
- Riscos na Cadeia de Suprimentos de Software: A falta de transparência em softwares de terceiros aumenta a vulnerabilidade a ataques indiretos, afetando ecossistemas inteiros.
- Desigualdade Cibernética Global: Diferenças significativas na capacidade de defesa cibernética entre países e organizações criam pontos frágeis na segurança global.
2.2.1.3 Oportunidades Emergentes
- Inovação em Tecnologias de Segurança: O avanço da IA e do machine learning permite o desenvolvimento de soluções de cibersegurança preditivas, capazes de antecipar ameaças antes que se concretizem.
- Fortalecimento da Colaboração Público-Privada: A crescente interdependência digital abre espaço para parcerias estratégicas entre governos, empresas e instituições internacionais, promovendo uma resposta mais coordenada a ameaças e riscos globais.
- Cibersegurança como Diferencial Competitivo: Empresas que investem em resiliência cibernética não apenas reduzem riscos, mas também ganham vantagem competitiva, conquistando a confiança de clientes e parceiros.
- Expansão da Educação e Capacitação em Cibersegurança: A necessidade de preencher o gap de talentos cria oportunidades para programas de formação de profissionais e desenvolvimento de novas competências digitais.
- Desenvolvimento de Normas Globais Harmonizadas: A harmonização de regulações internacionais de cibersegurança pode simplificar a conformidade e elevar o padrão global de segurança.
2.2.2 Os Desafios das Desigualdades Cibernéticas
Desigualdades na Resiliência Cibernética: O relatório identifica um crescente abismo entre organizações grandes e pequenas. Enquanto grandes empresas demonstram progresso no fortalecimento da resiliência cibernética, as organizações menores relatam, cada vez mais, deficiências significativas em suas defesas.

Variações Regionais: A confiança na preparação cibernética nacional varia significativamente entre as regiões, com algumas enfrentando desafios críticos na proteção de infraestruturas essenciais.

2.2.3 Os Efeitos das Tensões Geopolíticas nas Organizações
As tensões geopolíticas globais têm um impacto direto e crescente sobre a segurança cibernética das organizações, independentemente do seu porte ou setor. Conflitos internacionais, sanções econômicas e rivalidades entre nações ampliam o risco de ataques cibernéticos patrocinados por Estados, espionagem digital e sabotagens direcionadas a infraestruturas críticas.
Esse cenário instável exige que as organizações adotem estratégias de segurança mais robustas e adaptáveis, considerando não apenas ameaças tradicionais, mas também riscos emergentes ligados ao contexto geopolítico global.

2.2.4 A Rápida Adoção da IA Introduz Novas Vulnerabilidades
A rápida adoção da Inteligência Artificial (IA) está transformando setores e impulsionando a inovação, mas também introduz novas vulnerabilidades no cenário da cibersegurança. À medida que organizações integram a IA em processos críticos, surgem riscos associados à manipulação de dados, falhas em algoritmos e exploração de brechas por cibercriminosos, exigindo uma abordagem de segurança mais robusta e adaptada a essas ameaças emergentes.

2.3 AI & Cybersecurity: Balancing Risks and Rewards 2025
Uma leitura atenta do white paper demonstra que a integração da Inteligência Artificial (IA) nas organizações está transformando profundamente a forma como os negócios operam, oferecendo oportunidades significativas para inovação, automação e aumento da eficiência.
No entanto, essa evolução tecnológica também amplia a superfície de ataque cibernético, expondo as empresas a novos riscos e vulnerabilidades que desafiam as práticas tradicionais de segurança.
O desafio central está em equilibrar os benefícios da IA com a necessidade de proteger sistemas, dados e operações contra ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas. Nesse contexto, a cibersegurança torna-se um pilar essencial para garantir uma adoção segura e responsável da IA, exigindo uma abordagem integrada de gestão de riscos que envolva governança, tecnologia e cultura organizacional.

2.3.1 Principais Reflexões do Relatório
O relatório apresenta pontos-chave que orientam organizações a adotarem a IA de forma segura e responsável, destacando aspectos essenciais para equilibrar benefícios e riscos.
- Oportunidades e Crescimento da IA: A IA oferece oportunidades significativas para impulsionar a inovação e a eficiência nos negócios, mas seu uso crescente amplia a superfície de ataque cibernético, exigindo maior atenção à segurança.
- Abordagem Baseada em Riscos: Adoção da IA deve ser guiada por uma abordagem baseada em riscos, considerando tanto os benefícios quanto os riscos cibernéticos potenciais, com foco na identificação de vulnerabilidades e na mitigação de impactos.
- Gestão Multidisciplinar de Riscos globais: A gestão dos riscos de IA não é exclusiva da TI ou da cibersegurança; envolve áreas como jurídico, compliance, recursos humanos e unidades de negócios, promovendo uma abordagem integrada.
- Inventário de Aplicações de IA: Manter um inventário atualizado das aplicações de IA ajuda a identificar seu uso dentro da organização, reduzindo o risco de “IA sombra” (uso não autorizado) e vulnerabilidades na cadeia de suprimentos.
- Segurança por Design e Monitoramento Contínuo: Combinação de práticas de segurança desde o início do desenvolvimento (security by design ou “shift left”) com monitoramento contínuo após a implementação (expand right), garantindo resiliência ao longo do ciclo de vida da IA.
- Importância da Governança de Dados: Estabelecimento de políticas claras de governança da informação para proteger dados sensíveis utilizados ou gerados por sistemas de IA, promovendo transparência e conformidade regulatória.
- Papel da Alta Liderança: A alta liderança deve definir parâmetros claros para a adoção da IA, considerando a tolerância ao risco cibernético, o equilíbrio entre riscos e recompensas, e a conformidade com regulamentações, garantindo a segurança e a sustentabilidade das operações.
2.3.2 Da Experimentação à Integração Completa nos Negócios

A adoção da Inteligência Artificial (IA) nas organizações está evoluindo rapidamente, passando de uma fase inicial de experimentação para uma integração completa nos processos de negócios.
Esse avanço representa uma mudança significativa, em que a IA deixa de ser apenas uma ferramenta de teste para se tornar um ativo estratégico essencial para a inovação, eficiência operacional e vantagem competitiva.
No entanto, à medida que a IA se torna mais presente nas operações críticas, surgem novos desafios relacionados à cibersegurança. O uso descontrolado da IA, sem uma gestão de riscos adequada, pode levar a vulnerabilidades ocultas, exposição de dados sensíveis e ameaças cibernéticas complexas.
Destacam-se quatro estágios principais nesse processo de adoção:
- Experimentação e Pilotos: Fase inicial de testes, com riscos de implementação sem controles de segurança adequados.
- Integração Gradual: Uso da IA em processos específicos, com o aumento da dependência tecnológica e da necessidade de proteção.
- Integração Completa nos Negócios: A IA passa a ser central na tomada de decisões e na automação de processos críticos, exigindo gestão de riscos robusta e governança de segurança cibernética.
- Adoção Estratégica e Escalável: A IA é amplamente utilizada de forma integrada, com controles de segurança consolidados e foco na resiliência cibernética.
O desafio central está em garantir que, em cada etapa dessa evolução, as organizações adotem uma abordagem de segurança proativa, com políticas de governança de dados, gestão de riscos cibernéticos e monitoramento contínuo, assegurando que a IA contribua de forma segura e eficiente para o crescimento dos negócios.
2.3.3 Práticas Emergentes de Cibersegurança para a IA
À medida que a Inteligência Artificial (IA) se integra de forma mais ampla aos processos empresariais, surgem novas demandas para proteger sistemas, dados e modelos contra ameaças cibernéticas.
O relatório destaca práticas emergentes de cibersegurança que ajudam as organizações a mitigar riscos ao longo de todo o ciclo de vida da IA, promovendo resiliência e confiança.
2.3.3.1. Shift Left (Deslocamento para a Esquerda)
Essa abordagem enfatiza a integração da segurança desde as fases iniciais do desenvolvimento da IA. O objetivo é identificar e corrigir vulnerabilidades antes que elas se tornem riscos críticos em ambientes de produção. Isso envolve:
- Avaliação de riscos durante o design do modelo de IA;
- Revisões de código seguras e testes de segurança desde o início;
- Implementação de práticas de desenvolvimento seguro (secure coding).
2.3.3.2. Shift Left e Expand Right (Deslocamento para a Esquerda e Expansão para a Direita)
Além de antecipar medidas de segurança, é necessário implementar monitoramento contínuo após o deployment dos modelos de IA. Isso garante que a segurança seja mantida mesmo quando a IA já está em operação. As práticas incluem:
- Monitoramento em tempo real para identificar comportamentos anômalos;
- Atualização contínua de controles de segurança para lidar com novas ameaças;
- Avaliações regulares de performance e robustez dos modelos.
2.3.3.3. Shift Left, Expand Right e Repetição (Ciclo Contínuo de Segurança)
Aqui, a cibersegurança não é tratada como uma ação pontual, mas como um processo contínuo de melhoria. A ideia é que as lições aprendidas em uma fase sejam aplicadas nas próximas, criando um ciclo de feedback que aprimora continuamente a segurança da IA. Isso envolve:
- Revisões periódicas de segurança e auditorias de conformidade;
- Aprendizado contínuo a partir de incidentes de segurança e vulnerabilidades detectadas;
- Adaptação da estratégia de segurança para acompanhar o avanço da tecnologia.
2.3.3.4. Visão Empresarial Integrada (Taking an Enterprise View)
A proteção da IA deve ir além da camada técnica e envolver uma estratégia organizacional ampla, incluindo governança, políticas de risco e conscientização dos colaboradores. Isso significa:
- Estabelecer uma governança de IA clara, com papéis e responsabilidades definidos;
- Integrar a gestão de riscos da IA às estratégias de cibersegurança corporativa;
- Promover uma cultura de segurança que envolva todas as áreas da organização.
Essas práticas emergentes refletem a necessidade de uma abordagem holística para proteger a IA contra ameaças cibernéticas, combinando prevenção proativa, monitoramento contínuo e adaptação constante às novas realidades do ambiente digital.
2.3.4 Ações para a Alta Liderança
De acordo com o relatório Artificial Intelligence and Cybersecurity: Balancing Risks and Rewards (2025), as ações para a alta liderança na gestão de riscos de IA incluem:
- Definir a Tolerância ao Risco Cibernético: Os líderes devem garantir que a adoção da IA esteja alinhada com os objetivos da organização e que os riscos estejam dentro do nível de tolerância ao risco da instituição.
- Promover a Segurança por Design e por Padrão: A alta liderança deve exigir práticas de “security-by-design” e “security-by-default”, usando o poder de compra da organização para influenciar fornecedores a adotarem padrões de segurança robustos.
- Integrar Riscos de IA na Gestão de Riscos Corporativa: A gestão de riscos relacionados à IA deve ser multidisciplinar, envolvendo equipes de TI, segurança, jurídico, RH e áreas de negócios para avaliar impactos e mitigar riscos de forma eficaz.
- Assegurar Investimento Adequado em Cibersegurança: Garantir que haja investimento suficiente em controles de cibersegurança essenciais, capacitando equipes de segurança para lidar com ameaças emergentes da IA e responder a incidentes.
- Engajar-se com Padrões e Regulamentações: Os líderes devem acompanhar a evolução das regulamentações e normas específicas de IA, considerando o impacto nos riscos operacionais e de conformidade da organização.
- Revisar Continuamente o Equilíbrio entre Riscos e Benefícios: Devido à rápida evolução da IA, a avaliação do equilíbrio entre riscos e benefícios deve ser revisada regularmente para se adaptar a novas ameaças e oportunidades.
Essas ações visam fortalecer a resiliência cibernética e garantir que a adoção da IA seja feita de forma segura, ética e sustentável, contribuindo para a confiança dos stakeholders e a sustentabilidade dos negócios.
2.3.5 Etapas para a Gestão Eficaz do Risco Cibernético da IA
Por fim, o relatório do World Economic Forum (WEF) propõe um conjunto de etapas para a gestão eficaz do risco cibernético da Inteligência Artificial (IA). Essas etapas visam integrar práticas de segurança em todo o ciclo de vida da IA, desde o desenvolvimento até a operação contínua, promovendo uma abordagem proativa para mitigar riscos emergentes. As principais etapas incluem:
- Compreensão do Contexto Organizacional
Avaliar como a IA se integra aos processos de negócios e identificar fatores que influenciam a exposição a riscos, como o nível de autonomia da IA, o setor de atuação e o contexto geográfico.
- Identificação de Recompensas e Benefícios
Analisar os benefícios estratégicos que a IA pode trazer, equilibrando-os com os riscos cibernéticos potenciais. Isso inclui entender o impacto da IA em eficiência operacional, inovação e vantagens competitivas.
- Identificação de Riscos e Vulnerabilidades Potenciais
Mapear vulnerabilidades associadas à IA, como ataques adversariais, envenenamento de dados e fragilidades em modelos de aprendizado de máquina. O foco é identificar ameaças emergentes que podem comprometer a integridade e a segurança dos sistemas.
- Avaliação de Impactos Negativos Potenciais
Avaliar o impacto que um incidente cibernético relacionado à IA pode ter nos processos críticos do negócio, incluindo perda de dados, interrupção de operações e danos à reputação.
- Identificação de Opções para Mitigação de Riscos
Desenvolver estratégias de mitigação, combinando controles técnicos (como segurança por design) com medidas organizacionais, incluindo políticas de governança de dados e gestão de riscos de terceiros.
- Equilíbrio entre Riscos Residenciais e Benefícios Potenciais
Após implementar controles de mitigação, é fundamental avaliar o risco residual e decidir se ele é aceitável em relação aos benefícios esperados da adoção da IA.
- Ciclo Contínuo de Revisão e Melhoria (Repetição)
A gestão de riscos de IA deve ser um processo contínuo, com reavaliações regulares para adaptar-se a novos desafios e evoluções tecnológicas. Isso inclui testes periódicos de segurança, exercícios de simulação de crises e melhorias contínuas.
Dessa forma, a abordagem cíclica e integrada fortalece a resiliência cibernética das organizações, permitindo uma adoção segura da IA enquanto se aproveitam suas oportunidades de transformação digital.
3. Convergências, Desafios e Oportunidades de Negócios Mapeadas nos Relatórios do WEF
A seção três do artigo tem como objetivo identificar pontos de convergência, desafios comuns e oportunidades de negócios no contexto da cibersegurança, com foco em:
- Pontos de Convergência: Aspectos em que os relatórios se alinham, destacando riscos, tendências e prioridades para o gerenciamento de incidentes cibernéticos.
- Desafios Comuns: Principais barreiras identificadas que comprometem a resiliência organizacional diante de ameaças digitais.
- Oportunidades de Negócios: Áreas estratégicas onde as organizações podem inovar, fortalecer suas operações ou explorar novas possibilidades no campo da segurança da informação.

3.1. Pontos de Convergência
A análise dos três relatórios do World Economic Forum (WEF) – Global Risks Report 2025, Global Cybersecurity Outlook 2025, e Artificial Intelligence and Cybersecurity: Balancing Risks and Rewards – revela cinco grandes áreas de convergência:
- Interdependência de Sistemas Críticos: Todos destacam a crescente complexidade das cadeias de suprimentos digitais e a interconectividade dos sistemas críticos, tornando vulnerabilidades isoladas um risco sistêmico.
- Impacto da Inteligência Artificial (IA): Existe consenso sobre o papel ambíguo da IA, tanto como potencializadora de ataques cibernéticos quanto como ferramenta para defesa proativa, incluindo análise preditiva de ameaças e resposta automatizada a incidentes.
- Necessidade de Colaboração Multissetorial: A colaboração entre setores público e privado é vista como fundamental para enfrentar ameaças cibernéticase e riscos globais. O compartilhamento de informações sobre ameaças e a harmonização de regulações internacionais aparecem como pilares para fortalecer a resiliência.
- Crescente Importância da Cibersegurança na Estratégia de Negócios: Os relatórios destacam como a segurança cibernética deixou de ser uma questão técnica para se tornar um elemento estratégico, essencial para a continuidade e o crescimento dos negócios.
- Resiliência Operacional como Prioridade: Existe um foco comum na necessidade de construir resiliência operacional, garantindo que organizações possam manter suas funções críticas mesmo diante de ataques cibernéticos significativos.
3.2. Desafios Comuns
Apesar das convergências, persistem desafios críticos que dificultam a gestão eficaz de crises cibernéticas:
- Escassez de Talentos em Cibersegurança: O déficit global de profissionais qualificados limita a capacidade de resposta das organizações.
- Fragmentação Regulatória: Divergências entre regulações nacionais dificultam uma abordagem coesa, criando desafios para organizações multinacionais que operam em ambientes regulatórios diversos.
- Sofisticação Crescente das Ameaças: O avanço de técnicas de ataques, como ransomware-as-a-service e deepfake, amplia o espectro de vulnerabilidades e aumenta a dificuldade de detecção precoce.
- Deficiências em Cultura de Segurança: Muitos ambientes organizacionais ainda não promovem uma cultura robusta de segurança cibernética, dificultando a adoção de boas práticas entre os colaboradores.
- Baixa Integração de Sistemas de Defesa: Falhas na integração entre tecnologias de segurança e processos de gestão de crises limitam a capacidade de resposta rápida e coordenada diante de incidentes.
3.3. Oportunidades de Negócios
No contexto desafiador, emergem oportunidades estratégicas para organizações que desejam não apenas sobreviver, mas prosperar em um ambiente cibernético complexo:
- Investimentos em Tecnologias de Resiliência: O crescimento da demanda por soluções de segurança baseadas em IA, gestão de riscos de terceiros e plataformas de orquestração de resposta a incidentes cria espaço para inovação.
- Consultoria em Governança Cibernética: Organizações buscam apoio para adequação a regulamentos emergentes (como NIS2 na UE), abrindo mercado para consultorias especializadas em compliance e gestão de riscos.
- Capacitação e Desenvolvimento de Talentos: A formação de profissionais de cibersegurança é uma área em expansão, com oportunidades para instituições de ensino, plataformas de e-learning e programas de certificação.
- Desenvolvimento de Soluções de Resposta a Incidentes: O aumento de incidentes cibernéticos cria demanda por ferramentas especializadas em detecção precoce, análise de ameaças e recuperação rápida de sistemas.
- Serviços Gerenciados de Segurança (MSS): Empresas estão cada vez mais contratando provedores de serviços gerenciados para monitoramento e defesa cibernética 24/7, o que representa um mercado em rápido crescimento.
A interseção entre riscos cibernéticos, transformação digital e regulação global define o novo paradigma do gerenciamento de crises. Organizações que conseguirem integrar gestão de riscos cibernéticos à estratégia de negócios, promovendo resiliência e inovação, estarão mais bem preparadas para enfrentar as incertezas do futuro.
4. Construção da Capacidade de Gestão de Crises das Organizações
A resiliência organizacional vai além da capacidade de recuperação, ela envolve a preparação antecipada, a capacidade de adaptação rápida e a implementação de estratégias que minimizem o impacto de crises.
Em um ambiente cibernético cada vez mais complexo e interconectado, a gestão de crises não é apenas uma resposta a incidentes — é um diferencial estratégico essencial para o fortalecimento da resiliência organizacional.
Nesta seção, exploramos as convergências, desafios e oportunidades de negócios identificados nos relatórios do World Economic Forum (WEF), destacando como esses insights podem impulsionar a capacidade de adaptação das organizações diante de riscos globais.
Nosso enfoque está alinhado com as melhores práticas internacionais, com base nas seguintes normas:
- ABNT NBR ISO 22301:2020 (Continuidade de Negócios)
- ABNT NBR ISO 22361:2023 (Gestão de Crises)
- ABNT ISO/DTS 31050:2024 (Riscos Emergentes)
O objetivo é claro: capacitar líderes e organizações a transformar incertezas em oportunidades, construindo uma base sólida para a gestão de crises em um cenário global cada vez mais desafiador.
Dessa forma, de forma preliminar e provocativa, buscamos destacar os 4 principais pontos de atenção na Construção de Capacidades de Gestão de Crises nas Organizações, a saber:
4.1. Quais os Fundamentos Normativos para a Gestão de Crises?
Para estabelecer uma base sólida na gestão de crises, é fundamental considerar os seguintes referenciais normativos:
- ABNT NBR ISO 22301:2020 (Continuidade de Negócios): Estabelece princípios essenciais para a manutenção de operações críticas durante crises, promovendo a continuidade dos serviços mesmo em cenários adversos.
- ABNT NBR ISO 22361:2023 (Gestão de Crises): Fornece diretrizes para o desenvolvimento de estruturas eficazes de resposta, com foco em liderança, comunicação e tomada de decisão em situações de crise.
- ABNT ISO/DTS 31050:2024 (Riscos Emergentes): Aborda a identificação e mitigação proativa de riscos emergentes, oferecendo uma perspectiva atualizada sobre ameaças em constante evolução.
4.2. Quais os Componentes Essenciais da Capacidade de Gestão de Crises?
A construção da capacidade de gestão de crises envolve diversos componentes essenciais:
- Governança de Crises: Definição clara de estruturas de liderança, atribuições de responsabilidades e processos decisórios para garantir respostas rápidas e coordenadas. Essa abordagem contribui para enfrentar desafios como a baixa integração de sistemas de defesa.
- Processos de Resposta: Estabelecimento de protocolos de ativação rápida e fluxos de decisão eficientes que possibilitem a resposta imediata a incidentes críticos, como ataques cibernéticos sofisticados.
- Gestão da Comunicação em Crises: Desenvolvimento de estratégias eficazes de comunicação interna e externa, fundamentais para a gestão da reputação e a manutenção da confiança dos stakeholders em contextos de alta visibilidade pública.
- Treinamento e Simulações: Realização de exercícios regulares para capacitar equipes e testar planos de resposta, assegurando a prontidão organizacional diante da escassez de talentos em cibersegurança.
- Lições Aprendidas e Melhoria Contínua: Implementação de processos de revisão pós-incidente para identificar oportunidades de aprimoramento e fortalecer a resiliência futura, promovendo uma cultura organizacional robusta de segurança.
4.3. Como se Dará a Integração com a Resiliência Cibernética?
A gestão de crises está intrinsecamente conectada à resiliência cibernética. A capacidade de enfrentar desafios cibernéticos exige uma abordagem integrada que considere tanto os aspectos tecnológicos quanto organizacionais.
- Conexão com Desafios e Oportunidades: A integração com os desafios e oportunidades identificados na seção 3 permite uma abordagem mais robusta para a mitigação de riscos, como a sofisticação crescente das ameaças cibernéticas, e a exploração de oportunidades estratégicas, como o investimento em tecnologias de resiliência.
- Papel da Tecnologia e Automação: O uso de tecnologias avançadas e soluções de automação pode melhorar significativamente a detecção, resposta e recuperação em incidentes cibernéticos. Ferramentas de análise preditiva e resposta automatizada, por exemplo, são fundamentais para enfrentar ataques baseados em IA e para aprimorar a capacidade de resposta organizacional.
4.4. Como Explorar Casos Práticos e Boas Práticas?
A análise de casos práticos e boas práticas é essencial para ilustrar a aplicação efetiva dos conceitos de gestão de crises:
- Exemplos de Implementação Bem-Sucedida: Estudo de casos em organizações que adotaram frameworks de gestão de crises com sucesso, destacando estratégias que permitiram superar desafios regulatórios e tecnológicos, como a implementação da ISO 22301 em ambientes altamente regulados.
- Lições Aprendidas em Diferentes Setores: Compartilhamento de insights e práticas eficazes em diversos contextos setoriais, desde o setor financeiro até a saúde, demonstrando como diferentes indústrias adaptam suas abordagens para maximizar a resiliência.
A construção da capacidade de gestão de crises é um processo contínuo que exige comprometimento em todos os níveis da organização.
A mentalidade resiliente, associada a uma liderança forte e a uma cultura organizacional orientada para a preparação, é fundamental para enfrentar desafios e garantir a continuidade dos negócios em um mundo cada vez mais incerto e volátil.
Organizações que integram de forma eficaz a gestão de crises com sua estratégia de negócios estarão mais bem preparadas para responder aos riscos emergentes e explorar novas oportunidades no cenário global de cibersegurança.
5. Conclusões
Ao longo deste artigo, analisamos de forma abrangente a interseção entre riscos globais, cibersegurança e inteligência artificial, demonstrando como essa convergência não apenas transforma a dinâmica da gestão de crises, mas também impõe a necessidade de novas estratégias para lidar com um mundo cada vez mais volátil, complexo e interconectado.
A compreensão dessas inter-relações é essencial para que organizações possam antecipar ameaças emergentes, explorar oportunidades e fortalecer sua resiliência em um cenário global em constante evolução.
Na seção sobre Resiliência Organizacional em um Cenário Global de Riscos, evidenciamos a importância da capacidade adaptativa das organizações frente a um ambiente caracterizado por incertezas geopolíticas, mudanças climáticas e crises econômicas. A resiliência não é mais uma opção, mas um imperativo estratégico para garantir a continuidade dos negócios e a estabilidade operacional.
Na análise dos Riscos Globais, Cibersegurança e IA: Desafios e Tendências, destacamos como a adoção acelerada da IA amplia a superfície de ataque cibernético, criando vulnerabilidades complexas que exigem novas abordagens de governança e gestão de riscos. A cibersegurança, antes vista como um aspecto técnico, torna-se fundamental na estratégia organizacional.
Em Convergências, Desafios e Oportunidades de Negócios Mapeadas nos Relatórios do WEF, discutimos como a intersecção entre riscos globais, ciber e IA não apenas intensifica os desafios, mas também revela oportunidades para inovação em modelos de negócios resilientes.
Organizações que conseguem antecipar tendências e adaptar suas estratégias estarão melhor posicionadas para prosperar em cenários adversos.
Por fim, em Construção da Capacidade da Gestão de Crises das Organizações, reforçamos a necessidade de uma abordagem integrada que combine tecnologia, processos e pessoas para fortalecer a capacidade de resposta a crises. A gestão de crises deve evoluir de um modelo reativo para uma postura proativa e preventiva.
6. Radar de Crises: Resiliência em Ação
O futuro não espera, e os desafios do futuro exigirão mais do que respostas rápidas — eles demandam uma mentalidade de adaptação contínua e decisões baseadas em insights sólidos. Pensando nisso, ao longo de 2025, vou aprofundar mensalmente os temas mais críticos discutidos neste artigo por meio da newsletter Radar de Crises.
Você terá acesso a análises estratégicas exclusivas, tendências emergentes e insights práticos para fortalecer sua capacidade de resposta em um cenário de riscos complexos e em constante evolução.
Se você busca estar à frente das crises, e não apenas reagir a elas, o Radar de Crises será o seu aliado estratégico. Assine e transforme incertezas em oportunidades.
Sobre Leonardo Ferreira

Leonardo Ferreira, LinkedIn Top Voice | Diretor (CISO) | Diretor de Crises e Resiliência (CCRO) | Professor na FGV em Gestão de Crises Continuidade de Negócios e Recuperação de Desastres | Conselheiro Estratégico do CNCIBER, CNPD, CNSIC e CNSI para segurança cibernética e segurança de infraestruturas críticas e Colunista do Crypto ID |
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