Nos últimos anos, o setor educacional passou por grandes desafios impostos pela pandemia, principalmente com a restrição às aulas presenciais
Por Eduardo Pires

E mesmo com o retorno das aulas presenciais, sem dúvida a digitalização do ensino deixou um legado que não será apagado, já que as ferramentas que precisaram ser adotadas foram incorporadas de maneira definitiva no dia a dia das instituições.
Hoje, muitas instituições de ensino já contam com secretaria digital, acesso remoto a documentos, aplicativos para relacionamento com alunos e responsáveis, plataformas para aulas virtuais e banco de conteúdo.
Além disso, a popularização do ensino à distância (EAD) tem se destacado entre os estudantes brasileiros do ensino superior.
De acordo com o Censo do Ensino Superior 2021, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 41,4% do total de alunos matriculados no ensino superior em 2021 representavam estudantes de graduação à distância.
Assim, com o avanço da transformação, o investimento em tecnologia se torna cada vez mais indispensável para o ensino.
Aos poucos, tanto instituições públicas como privadas percebem oportunidades e gaps que podem ser solucionados com o uso de ferramentas digitais, trazendo benefícios para todos os lados.
Para 2023, o cenário não é diferente e os novos desafios do setor, mais uma vez, podem encontrar solução na tecnologia. Pensando nisso, listo quatro pontos importantes que merecem atenção do setor educacional:
– Histórico Digital e transformação digital do Ministério da Educação
Nos últimos anos, antes mesmo da pandemia, o Ministério da Educação já havia iniciado um processo de transformação digital, tanto pela implementação obrigatória das Secretarias Digitais até abril de 2022 (Portaria 315/18), quanto pela obrigatoriedade do Diploma Digital até o final de 2021 (Portaria 330/18).
Em 2023, dando sequência a esse processo de digitalização, entra em cena a adoção obrigatória do Histórico Digital, que trará muitos benefícios, como o acesso mais fácil e rápido a dados importantes, além de segurança e melhorias no armazenamento de dados.
Nesse contexto, é indispensável que as instituições invistam em tecnologia para aperfeiçoar a gestão educacional e auxiliar a digitalização de documentos que atendam às exigências do MEC e da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), respeitando todos os parâmetros impostos.
– Novo Ensino Médio
Aprovada em 2017, a Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura educacional do país, com a criação do Novo Ensino Médio, que tem foco interdisciplinar e na formação técnica e profissional.
Embora a oferta do novo formato de ensino tenha previsão de conclusão para 2024, já a partir de 2023 torna-se obrigatório que as escolas ofereçam o itinerário informativo, segmento da matriz curricular que disponibilizará matérias de áreas diversas a serem escolhidas pelos próprios alunos de acordo com a sua preferência.
Além disso, outra mudança prevista pelo Novo Ensino Médio é a alteração no método de avaliação de desempenho.
A partir de agora, o sistema tradicional será complementado com avaliações transversais entre as diferentes disciplinas e que possam mensurar não apenas uma prova ou atividade, mas a evolução do estudante dentro das competências do currículo.
Diante da necessidade de disponibilizar as opções de disciplina para composição da grade, e a nova metodologia de avaliação, o investimento em tecnologia é o caminho para as instituições terem suporte para acompanhar todas essas novidades.
– PIX e meios de pagamento digitais
Tendência na economia nacional, a ascensão do pagamento digital via PIX está em alta entre os consumidores brasileiros nos mais diferentes setores, e não é diferente no setor educacional.
De acordo com dados do Banco Central, o PIX se tornou o meio de pagamento mais popular no Brasil durante os primeiros nove meses do ano de 2022.
Diante da sua popularidade, a expectativa é de que o PIX também se torne um destaque no setor. Para instituições de ensino, alunos e responsáveis, a adoção é vantajosa principalmente para o pagamento de mensalidades, já que é uma ferramenta prática, segura, que elimina boletos e ajuda a reduzir fraudes e inadimplências.
Sem dúvida, é um meio de pagamento que merece – e muito – a atenção das instituições de ensino.
– Controle de frequência digital
Visando a melhoria de processos do dia a dia da sala de aula, uma tendência que devemos ver presente nas escolas em 2023, principalmente com o advento de sistemas e apps cada vez mais inteligentes, é o crescimento do uso de tecnologia para o controle de frequência dos alunos.
Com o intuito de reduzir o tempo gasto pelos professores com as tradicionais “chamadas”, ferramentas de check-in adicionam mais agilidade, precisão e eficiência ao controle de presença dos estudantes.
Sem dúvidas a educação brasileira passa por profundas transformações, seja pela necessidade de digitalização latente ou pelas mudanças na estrutura do ensino. E essas são mudanças que impactam todos os envolvidos: alunos, professores, gestores e responsáveis.
A revolução na sala de aula ainda não tem um prazo de conclusão. Está em curso e é preciso não apenas estar atento, mas investir de maneira inteligente – e rápida – para não ficar para trás.
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