A crescente complexidade do cenário de ameaças cibernéticas exige abordagem crítica na avaliação das ferramentas de segurança que podem criar falsas sensações de segurança
Este artigo, escrito por Susana Taboas, economista e sócia fundadora do Crypto ID, revela como diversas tecnologias, desde antivírus tradicionais até soluções de IA, podem criar uma falsa sensação de segurança. Descubra quais são as ferramentas que podem enganar sua empresa e como um programa de treinamento eficaz pode capacitar seus profissionais de tecnologia a identificar e mitigar riscos reais.
Por Susana Taboas, Economista e Sócia Fundadora da Crypto ID

No mundo da tecnologia, a busca incessante por segurança cibernética frequentemente leva à implementação de diversas ferramentas e soluções. No entanto, como um velho ditado popular nos lembra, “nem tudo que reluz é ouro”.
A crença de que mais ferramentas equivalem a mais segurança pode ser uma armadilha perigosa, criando uma falsa sensação de proteção e expondo as empresas a riscos significativos.
É crucial entender que a mera adição de camadas de segurança em software, sem uma segmentação adequada de redes e níveis de acesso, pode obscurecer ameaças reais. O mesmo se aplica ao uso exclusivo de antivírus tradicionais, que, embora úteis para ameaças conhecidas, falham em detectar ataques avançados.
A confiança na “segurança por obscuridade”, em que a proteção reside em ocultar sistemas, é igualmente falha, pois atacantes habilidosos podem desvendar essas camadas.
A autenticação de dois fatores baseada em SMS, embora melhor que nada, é vulnerável a ataques de troca de SIM e phishing. Políticas agressivas de rotação de senhas podem levar os usuários a armazená-las de forma insegura, e questões de segurança, muitas vezes baseadas em informações públicas, podem ser facilmente adivinhadas.
Auditorias e certificações de segurança, embora importantes, não garantem proteção completa. A subutilização de ferramentas de segurança existentes, em vez de investir em novas, é um desperdício de recursos.
Ferramentas de segurança reativas, como SIEM e EDR, detectam ameaças após o ataque, deixando brechas para ataques de dia zero. Métricas de risco, se usadas isoladamente, podem ser enganosas, e proteções contra malware e ransomware podem ser burladas por atacantes experientes.
A “defesa em profundidade” tradicional, focada em bloquear métodos de ataque, negligencia a proteção dos dados em si. A confiança excessiva em soluções de segurança baseadas em IA, sem processos e governança sólidos, é um erro. Gerenciadores de senhas, sem autenticação multifator, não garantem segurança completa. As soluções de segurança, por si só, não resolvem o problema se os funcionários não forem educados sobre golpes e engenharia social.
Camadas de criptografia adicionadas no final do desenvolvimento não corrigem falhas de segurança intrínsecas. Camadas de segurança adicionais, sem escrutínio, podem criar novas superfícies de ataque. A dependência excessiva de ferramentas automatizadas de detecção de ameaças pode levar à negligência da supervisão humana.
É imperativo que as empresas, em colaboração com seus departamentos de Recursos Humanos, invistam em treinamento contínuo para seus profissionais de tecnologia. Esse treinamento deve abordar os sinais de insegurança que se disfarçam de segurança, capacitando os profissionais a identificar e mitigar riscos de forma eficaz.
A segurança cibernética exige uma abordagem holística, que combine ferramentas adequadas, processos robustos e, acima de tudo, a conscientização e o conhecimento dos profissionais que as utilizam.
Descubra quais ferramentas de segurança que criam falsa proteção. Capacite sua equipe com treinamento e evite riscos reais.
Conclusão
Diante do exposto, fica evidente que a segurança cibernética é um campo em constante evolução, exigindo vigilância e adaptação contínuas. A falsa sensação de segurança proporcionada por determinadas tecnologias pode ser tão perigosa quanto a ausência de proteção. Portanto, invista em conhecimento, treinamento e uma abordagem holística para proteger seu negócio contra as ameaças do mundo digital.
Para se manter atualizado sobre as últimas tendências e desafios da segurança cibernética, convido você a acompanhar o Crypto ID, sua fonte confiável de informações sobre o universo da criptografia e segurança da informação.
Sobre Susana Taboas
Susana Taboas | COO – Chief Operating Officer – CryptoID. Economista com MBA em Finanças pelo IBMEC-RJ e diversos cursos de extensão na FGV, INSEAD e Harvard University. Durante mais 25 anos atuou em posições no C-Level de empresas nacionais e internacionais acumulando ampla experiência na definição e implementação de projetos de médio e longo prazo nas áreas de Planejamento Estratégico, Structured Finance, Governança Corporativa e RH. Atualmente é Sócia fundadora do Portal Crypto ID e da Insania Publicidade.
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