No setor de Tecnologia da Informação (TI), a situação é ainda mais preocupante, com somente 21% das vagas sendo preenchidas
Por Paulo Camargo

CRO | Empreendedor, iTalents, Fundador Investidor Zeztra, Professor MBA
Embora o número de matrículas no ensino superior tenha crescido nos últimos anos, a maioria dos formandos enfrenta dificuldades para ingressar no mercado de trabalho. Segundo um estudo da Geofusion, apenas 12% dos estudantes de graduação conseguem ocupar cargos de nível superior no país. No setor de Tecnologia da Informação (TI), a situação é ainda mais preocupante, com somente 21% das vagas sendo preenchidas.
Os dados preocupam, ainda mais se levarmos em consideração a alta demanda. Os estudos indicam que o Brasil enfrentará um déficit de 530 profissionais na área até 2025. Mas, se há um aumento considerável no número de formandos a cada ano, qual o motivo da baixa empregabilidade? A resposta é simples: a falta de capacitação desses estudantes, agravada pela dificuldade dos cursos em alinhar seus conteúdos às reais demandas do mercado.
Atualmente, as empresas de tecnologia optam por colaboradores que tenham um conhecimento prático, enquanto boa parte das faculdades priorizam um conteúdo mais teórico. Com isso, podemos observar uma mudança de comportamento daqueles que querem seguir na área – em vez de buscar uma graduação tradicional, há uma procura por cursos e bootcamps específicos, que ensinam conteúdos mais diretos.
Em relação às instituições educacionais, é preciso que elas se atualizem. Se analisarmos suas disciplinas, vemos uma falta de atenção a temas recentes, como cloud computing, inteligência artificial e machine learning (estudadas de forma rasa nas universidades) e big data. Esta falta de modernização é uma das justificativas principais para quem opta por cursos individuais ou aprendizado próprio.
Inclusive, uma tendência cada vez comum é o costume de quem procura aprender por conta própria, através da internet. Esse movimento ganhou força pois muitas empresas do segmento não exigem mais formação na área, e sim o conhecimento no assunto. Mas, é importante ressaltar que essa prática muitas vezes pode se voltar contra o aluno, já que nem sempre o que aprendemos na informalidade é o mais eficaz.
Diante disso, tem surgido um número maior de parcerias entre universidades e outras instituições econômicas, que procuram trabalhar juntos para resolver essas questões. Uma dessas ações é a graduação ‘Potencial Tech’, proposta pela Unyleya e a iTalents. O curso será o primeiro do país a trazer uma participação ativa do mercado, por meio de empresas parceiras que irão auxiliar na formação do currículo escolar.
Acima de tudo, precisamos entender que o cenário de TI ainda é muito recente se comparado a demais áreas. Diariamente descobrimos novas funções e ferramentas que transformam a forma como produzimos tecnologia, então o futuro do cenário educacional passa por atualizações constantes. Quem demora para entender isso, com certeza, ficará para trás na corrida do mercado.
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