Segundo um estudo feito pelo Barômetro da Segurança Digital 84% das empresas consideram a prática muito importante
Por Ruy Neto, Diretor de Tecnologia na Zenvia
Na era da transformação digital, em que a tecnologia permeia todas as frentes dos negócios, a segurança cibernética é uma preocupação para empresas de todos os tamanhos e setores. Segundo um estudo feito pelo Barômetro da Segurança Digital, em fevereiro deste ano, 84% das empresas consideram a prática muito importante.
Nesse contexto, a cibersegurança proativa também tem sido discutida como uma estratégia essencial para mitigar os riscos e fortalecer a resiliência empresarial.
A cibersegurança proativa envolve a antecipação e prevenção de ameaças digitais antes que elas causem danos significativos. Em vez de adotar uma postura reativa, lidando com incidentes após sua ocorrência, as empresas que a adotam, investem em medidas preventivas e tecnologias avançadas para identificar e neutralizar ameaças em estágios iniciais.
Porém, o mesmo estudo identificou que 79% das empresas afirmam ter planos de resposta para um possível ataque cibernético, mas só um terço delas fez testes preventivos recorrentes. Abaixo, estão listadas algumas práticas para evidenciar os benefícios que uma gestão de riscos eficiente traz para os negócios.
Práticas fundamentais de cibersegurança proativa
– Avaliação de riscos: a identificação e a avaliação contínua de vulnerabilidades e ameaças potenciais são fundamentais para uma estratégia proativa eficaz. Isso inclui a realização de auditorias de segurança regulares, testes de penetração e análises de vulnerabilidades.
– Implementação de medidas de segurança avançadas: as empresas devem investir em soluções de segurança cibernética avançadas, como firewalls de próxima geração, sistemas de detecção e prevenção de intrusões (IDS/IPS), além de soluções de segurança de endpoint com inteligência artificial e aprendizado de máquina.
– Monitoramento contínuo: a vigilância constante da rede e dos sistemas é essencial para detectar atividades suspeitas ou padrões incomuns que possam indicar uma potencial violação de segurança. A análise de logs, o monitoramento de tráfego de rede e a detecção de anomalias comportamentais são práticas recomendadas.
– Conscientização e treinamento dos funcionários: os colaboradores são, frequentemente, a primeira linha de defesa contra ameaças cibernéticas. Portanto, é fundamental fornecer treinamento regular em segurança cibernética para aumentar a conscientização sobre práticas seguras de uso da tecnologia e reconhecimento de phishing e outras táticas de engenharia social.
– Resposta planejada a incidentes: mesmo com medidas preventivas robustas é importante ter planos de resposta a incidentes bem definidos. Isso inclui a designação de equipes de resposta, a criação de procedimentos de notificação de violações e a realização de simulações de incidentes para testar a eficácia dos planos.
Benefícios da abordagem proativa
– Redução de riscos e custos: ao antecipar e prevenir ameaças, as empresas podem evitar potenciais violações de segurança que poderiam resultar em perdas financeiras significativas, danos à reputação e interrupção das operações.
– Aprimoramento da eficiência operacional: investir em segurança cibernética proativa não apenas protege os ativos digitais, mas também pode aperfeiçoar a eficiência operacional, reduzindo o tempo e os recursos necessários para lidar com incidentes de segurança.
– Fortalecimento da confiança do cliente: demonstrar um compromisso com a segurança cibernética proativa aumenta a confiança dos clientes e parceiros comerciais, ajudando a manter relacionamentos sólidos e a proteger a reputação da marca.
– Conformidade com regulamentações: muitas regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e leis de proteção de dados em várias jurisdições, exigem que as empresas implementem medidas de segurança proativas para proteger as informações do cliente, garantindo conformidade legal.
Perante a esse cenário de ameaças cibernéticas em constante evolução, e tendo em vista que 23% das empresas não têm a cibersegurança proativa como prioridade no orçamento, torna-se imprescindível que iniciativas relacionadas se tornem pautas prioritárias nas organizações que buscam garantir a resiliência e proteção dos ativos digitais. Desta forma, é possível reduzir riscos, fortalecer a postura de segurança e manter a confiança dosclientes e investidores em um ambiente digital cada vez mais desafiador.
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