A Gartner prevê que até 2028, 25% das empresas utilizarão navegadores corporativos seguros, conhecidos como Secure Enterprise Browsers (SEBs), para reforçar o acesso remoto e a proteção de endpoints. Esse movimento reflete uma tendência crescente no cenário de cibersegurança corporativa, impulsionada pela necessidade de controle granular em ambientes híbridos, uso de dispositivos pessoais (BYOD) e acesso a aplicações SaaS. O termo SEB vem ganhando destaque como uma solução prática e eficaz diante da complexidade da proteção digital moderna.
Gartner estima que menos de 10% das companhias atualmente adotam o Secure Enterprise Browsers – SEBs
Até 2028, 25% das empresas ampliarão as ferramentas existentes de acesso remoto seguro e de segurança de endpoints implementando pelo menos uma tecnologia de navegador corporativo seguro (Secure Enterprise Browser – SEB) para resolver lacunas específicas, de acordo com o Gartner, Inc.
Os agentes de ameaças frequentemente visam os funcionários com ataques de phishing para roubar credenciais e contornar os controles de detecção e resposta de endpoints, o que torna necessária uma camada adicional de visibilidade e controle no navegador da web.
“Os navegadores da web são o principal método de acesso para a maioria das aplicações corporativas modernas e fornecem um ponto de controle de segurança empresarial independente de endpoint”, diz Max Taggett, Analista Principal Sênior do Gartner. “Os líderes de segurança podem usar um SEB para reduzir os riscos e aprimorar a experiência digital.”
O que são os Secure Enterprise Browsers – SEBs?
Com o crescimento do trabalho remoto e o uso disseminado de aplicativos baseados na nuvem, empresas enfrentam desafios cada vez maiores para garantir o acesso seguro às suas plataformas e dados corporativos. É nesse cenário que surgem os Secure Enterprise Browsers (SEBs).
Um SEB é uma solução de navegador corporativo focada em segurança, que aplica políticas de proteção diretamente na experiência de navegação do usuário — seja por meio de um navegador próprio, uma extensão, ou um ambiente controlado. Essa abordagem permite proteger o tráfego web sem depender da rede ou do sistema operacional, garantindo maior controle mesmo em dispositivos não gerenciados.
O termo começou a ganhar tração a partir de 2022, especialmente após ser incluído no Hype Cycle for Zero Trust Networking da Gartner, como uma categoria emergente para segurança de acesso.
Desde então, empresas como Island, Google (Chrome Enterprise), Microsoft (Edge for Business) e Citrix têm desenvolvido soluções voltadas a esse conceito.
Entre os principais benefícios dos SEBs, destacam-se:
- Proteção contra phishing e vazamento de dados, sem precisar interceptar ou descriptografar o tráfego.
- Visibilidade e controle em tempo real sobre os acessos corporativos.
- Aplicação de políticas de segurança mesmo em ambientes híbridos ou em dispositivos pessoais.
Com o aumento das exigências regulatórias e das ameaças digitais, os SEBs se consolidam como uma alternativa prática à VPN, ao VDI e outras soluções mais complexas e custosas.
Atualmente, o Gartner estima que menos de 10% das empresas tenham adotado um SEB. As companhias que dependem principalmente de aplicações no modelo Software as a Service (SaaS), com poucas filiais ou sistemas ciberfísicos a proteger, precisam de um método mais simples de gerenciamento de tecnologia de proteção do que os stacks de segurança tradicionais. Os SEBs atendem a essa necessidade.
Além disso, os SEBs permitem o acesso segmentado a partir de dispositivos de usuário final pouco ou não gerenciados e de dispositivos pessoais (bring-your-own PC), nos quais a implementação de agentes de endpoint seria inadequada por motivos de privacidade ou manutenção.
“Os SEBs incorporam controles de segurança empresarial diretamente na experiência nativa de navegação da web usando um navegador personalizado ou uma extensão para navegadores existentes, em vez de adicionar controles externos no endpoint ou na camada de rede”, diz Evgeny Mirolyubov, Diretor Analista Sênior do Gartner. “Os SEBs também permitem acesso segmentado a aplicações SaaS com tunelamento diretamente de navegadores da web, minimizando a necessidade de agentes e túneis de endpoint completos.”
As empresas que implementam SEBs podem
– Aplicar políticas de segurança empresarial e obter visibilidade do tráfego web sem precisar de descriptografia em linha, o que pode melhorar o desempenho e a latência das aplicações.
– Apoiar a transição de aplicações legadas de clientes para o fornecimento de aplicações SaaS modernas.
– Complementar ou reduzir a dependência de Redes Privadas Virtuais (VPNs), Infraestruturas de Desktop Virtuais (VDIs) e desktop como serviço para empresas que priorizam o trabalho remoto ou terceirizado e o fornecimento de Nuvem.
– Aumentar os recursos de proteção antiphishing e contra roubo de credenciais, como a proteção contra a reutilização de credenciais corporativas em sites não autorizados ou de phishing, em dispositivos em que o uso do navegador é restrito a SEBs selecionados.
– Aprimorar a visibilidade e a geração de relatórios sobre o uso de aplicações web, o desempenho e análises comportamentais dos funcionários para dispositivos pouco gerenciados ou não gerenciados e para empresas sem uma estratégia de Experiência Digital do Funcionário madura.
Aqui está um complemento para o seu artigo sobre Secure Enterprise Browsers (SEBs):
Implementação prática de um navegador seguro (SEB)
A implementação de um SEB envolve a adoção de soluções que integram segurança diretamente na experiência de navegação do usuário. Isso pode ser feito por meio de:
- Navegadores corporativos dedicados, como Island e Chrome Enterprise.
- Extensões de segurança para navegadores existentes, que adicionam camadas de proteção sem exigir a substituição do navegador padrão.
- Ambientes controlados, que garantem acesso seguro a aplicações SaaS sem comprometer a privacidade do usuário.
Soluções necessárias para um SEB eficaz
Para garantir uma implementação bem-sucedida, as empresas devem considerar:
- Proteção contra phishing e roubo de credenciais, impedindo o uso de credenciais corporativas em sites não autorizados.
- Visibilidade e controle em tempo real, permitindo monitoramento de acessos e atividades no navegador.
- Segmentação de acesso, garantindo que dispositivos não gerenciados tenham restrições adequadas.
- Integração com políticas de segurança corporativa, para reforçar conformidade e proteção de dados.
Empresas e consultorias que implementam SEBs
A implementação de SEBs pode ser realizada por empresas especializadas em segurança cibernética e consultorias focadas em Zero Trust Networking. Algumas das principais empresas globais e brasileiras aptas a oferecer soluções SEB incluem:
- Island – pioneira em navegadores corporativos seguros.
- Google (Chrome Enterprise) – oferece soluções de segurança para ambientes corporativos.
- Microsoft (Edge for Business) – integra proteção avançada ao navegador Edge.
- Citrix – conhecida por suas soluções de acesso seguro.
- LayerX – especializada em segurança baseada em navegador.
A adoção de SEBs está crescendo rapidamente, e até 2028, 25% das empresas devem implementar essa tecnologia para reforçar a segurança de endpoints e o acesso remoto.
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