Até 2025, devemos ter mais de 30 bilhões de dispositivos conectados demandando que todos se preparem para acompanhar um ritmo frenético
O mundo está cada vez mais conectado, com a tecnologia desempenhando um papel central em nossas vidas e nos negócios. A expansão das redes de comunicação e o aumento da interconexão de dispositivos e sistemas está impulsionando a evolução dos setores como nunca vimos antes.
Até 2025, devemos ter mais de 30 bilhões de dispositivos conectados demandando que todos se preparem para acompanhar esse ritmo frenético de crescimento de oportunidades de negócios.
No entanto, à medida que evoluções ocorrem nas telecomunicações, como com a chegada do 5G e a ampliação do uso de IoT, elas também trazem desafios significativos de segurança cibernética.
Diante disso, as operadoras de telecomunicações precisam tomar a dianteira e reavaliar suas estruturas para implementar novos sistemas de proteção para evitar ciberataques.
A integração eficaz da segurança cibernética com as operações de telecom é fundamental para possibilitar a conectividade digital de forma segura e confiável, criando uma sociedade efetivamente conectada.
É fácil imaginar o que ocorreria em caso de ataques massivos e bem-sucedidos a redes de telecomunicações. Setores vitais, como energia, saúde e transporte, dependem cada vez mais de sistemas de telecom para operar.
As novas estruturas tecnológicas que esses e tantos outros setores estão adotando precisam ser protegidas para garantir a disponibilidade contínua dos serviços. Diante deste cenário, ataques cibernéticos podem ter consequências devastadoras nessas áreas, o que torna os investimentos em cibersegurança por parte das operadoras primordial.
O Brasil subiu 53 posições e alcançou o 18º lugar no último Índice Global de Segurança Cibernética, da União Internacional de Telecomunicações (UIT) – agência especializada em tecnologias de informação e comunicação da ONU.
No entanto, apesar da evolução, o Brasil ainda é um dos países mais afetados por ataques virtuais no mundo, o que mostra um longo caminho para que efetivamente seja uma nação preparada para lidar com cibersegurança.
Diante desse cenário, podemos notar a importância de o setor estar preocupado com os potenciais riscos e buscando saídas para garantir a boa funcionalidade das infraestruturas digitais.
Agora, estamos diante de mais uma importante evolução, com a transição do 4G para o novo padrão 5G, com uma profusão de novos serviços e aplicações.
Nesse contexto, há importantes fatores dentro do ambiente da quinta geração de rede móvel que geram alertas em especialistas de cibersegurança.
Por exemplo, já estamos vendo uma explosão no número de dispositivos conectados à Internet nas redes 5G, além de uma série de aplicações associadas a eles, como Inteligência Artificial, que ampliam a superfície de ataque.
É imperativa a adoção de ferramentas avançadas capazes de analisar o tráfego de dados em tempo real e antecipar possíveis golpes ou fraudes para preveni-los, garantindo a integridade e a proteção dos usuários.
A chave para tornar as entregas de telecomunicações mais seguras está no conceito de safety by design. Isso significa incorporar a segurança desde o início da implantação da rede nos clientes para uma conectividade efetivamente confiável.
A partir deste conceito, a cibersegurança é colocada logo na base da infraestrutura, possibilitando que tecnologias implementadas em cima dessa rede, por consequência, já estejam mais protegidas.
De olho nas futuras ameaças, as operadoras estão ampliando as medidas para atender os requisitos de segurança considerando aspectos como monitoramento, auditoria, controle e autorização de acesso.
Implementar controles rigorosos para garantir que apenas os usuários devidos tenham permissão para acessar a infraestrutura é essencial. Apoiar-se na criptografia de dados para proteger a confidencialidade das informações que trafegam nesta rede também é uma iniciativa valiosa.
Uma abordagem de grande relevância é adotar redes definidas por software (SD-WAN), que possibilita utilizar diversos tipos de conexão à Internet, mantendo níveis consistentes de segurança, mesmo quando a conexão parte de dispositivos remotos.
Além de terem diversos recursos de segurança já em sua base, como firewall, detecção de ameaça em tempo real e criptografia, estas redes simplificam a configuração de políticas de recuperação de desastres, permitindo que as empresas redirecionem automaticamente o tráfego em caso de falhas em qualquer link de internet, garantindo, assim, a continuidade de suas operações e as das demais empresas.
Treinar funcionários e usuários sobre práticas seguras para reduzir os riscos de ataques de engenharia social, bem como manter atualizados sistemas e dispositivos com as últimas correções em segurança para mitigar vulnerabilidades conhecidas também é essencial.
À medida que as telecomunicações seguem como a espinha dorsal de uma sociedade cada vez mais conectada, a segurança cibernética vira um pilar inegociável dessa evolução.
Uma abordagem proativa por parte das operadoras de telecomunicações é fundamental para proteger a infraestrutura digital que um futuro mais interconectado e eficiente exige. Apenas com um compromisso contínuo com a segurança cibernética é possível seguir colhendo os frutos que a conectividade traz.
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