EY destaca joint ventures, alianças, desinvestimento, IPOs e M&As como alternativas principais para impulsionar os negócios
Todos os CEOs entrevistados no Brasil afirmaram que estão buscando iniciativas inorgânicas para potencializar seus negócios nos próximos 12 meses. Dentre as possibilidades, 78% indicaram as joint ventures e alianças estratégicas, 68% apostam em desinvestimentos, IPOs e spin offs e 38% sinalizaram a possibilidade de M&As.
Esses dados estão na nova edição da pesquisa CEO Outlook Pulse, feita pela EY-Parthenon, braço de consultoria estratégica da EY, uma das principais consultorias e auditorias do mundo.
“Com questões macroeconômicas mundiais, o capital vem sendo um grande desafio para os executivos, com o acesso cada vez mais contido. Dessa forma, o mercado precisa pensar em novas formas de impulsionar os negócios sem precisar despender capital”, explica Leandro Berbert, sócio de Estratégia e Transações da EY Brasil.
“O que nos chamou atenção nessa edição é que tivemos um resultado de 100% dos entrevistados sinalizando para a necessidade de ações inorgânicas”, completa.
O estudo indica também que 42% dos entrevistados se sentem pessimistas em relação às condições dos mercados financeiros e à capacidade de levantar capital. “Na última edição, feita em setembro do ano passado, esse número era de 26%. Esse crescimento pode ser reflexo das discussões acerca das contas públicas, inflação, alta de juros e outras questões que impactam diretamente nos negócios. Mas esse pessimismo está diretamente ligado às tomadas de decisão com ações inorgânicas, como JVs”, explica Berbert.
No Brasil, o mercado de IPOs está fechado nos últimos anos, em contrapartida, a agenda de M&A, joint ventures e desinvestimentos vem se tornando mais comum em diferentes setores, como saúde e varejo.
“Aqui na EY, vemos uma demanda muito grande de empresas que buscam fazer esses movimentos, principalmente separar ativos auxiliares com o objetivo de focar no core business em um momento de capital mais retraído.
O “sale and leaseback” é uma outra possibilidade de transação focada em desinvestimento, em que a empresa “troca” o real estate por capital para investir no “core”, afirma o executivo.
Já ao apostar em alianças estratégicas e joint ventures, por exemplo, há a busca por complemento de capacidades, que pode ser a base de clientes, novas tecnologias para otimização e modernização de processos ou até o próprio real estate.
O estudo reforça que as principais questões que os CEOs analisam na hora de avaliar uma transação são: melhoria na inovação de produtos e processos (18%), aumento do engajamento e a retenção de funcionários (16%) e redução de custos (14%).
Com o capital sendo uma das principais preocupações dos C-levels, outras ações também podem ser tomadas pelas empresas para mitigar esse desafio, como melhorias de performance, principalmente com o uso de tecnologias, incremento de capital de giro, revisão nos processos logísticos e de supply chain.
“Conseguimos ajudar, na prática, diversos clientes a melhorarem a questão do capital de giro com redução de estoque e com a revisão da operação, visando aumento de prazos para pagamentos e aceleração de recebimentos. Essas iniciativas ajudam as empresas a ganharem fôlego, principalmente num momento de retração de capital”, conta o executivo.
Fechando essa questão, o estudo também apontou que os CEOs brasileiros apontaram cinco países como prioridade para investimento de capital nos próximos 12 meses, sem considerar o próprio Brasil: EUA, Canadá, Argentina, México e Filipinas.
“Nesse ponto, a grande surpresa fica pela aparição de Filipinas, que tem se consolidado como um Hub em terceirização de back office, como uma das cinco nações mais citadas. Além disso, vale sinalizar também o crescimento da relevância da América Latina com a presença de dois países da região”, finaliza Berbert.
Treinamento em IA determinará os líderes do futuro
O estudo mostra também que a qualificação da força de trabalho no que tange às habilidades e capacidades em IA, por exemplo, serão determinantes para os negócios. 62% dos entrevistados acreditam na importância de repensar as lacunas de talento e capacidade em relação às tecnologias emergentes e 84% concordam totalmente ou parcialmente que a qualificação bem-sucedida da força de trabalho em IA definirá quais empresas surgirão como líderes do setor.
Segundo Leandro Berbert, sócio de Estratégia e Transações da EY Brasil, “a despeito das incertezas com relação à extensão em que a IA transformará os seus negócios, vemos que os CEOs estão cada vez mais certos de que não querem correr o risco de ficar de fora desse ‘jogo’”.
Sobre o estudo
Essa edição da pesquisa CEO Outlook Pulse, que fornece insights sobre itens da agenda dos conselhos de administração, foi feita entre novembro e dezembro de 2024 em 20 países, incluindo o Brasil, com 1.200 CEOs de grandes empresas. As receitas globais anuais das empresas pesquisadas foram as seguintes: menos de US$ 500 milhões (20%), US$ 500 milhões a US$ 999,9 milhões (20%), US$ 1 bilhão a US$ 4,9 bilhões (30%) e maior que US$ 5 bilhões (30%).
Sobre a EY
A EY existe para construir um mundo de negócios melhor, ajudando a criar valor em longo prazo para seus clientes, pessoas e sociedade e gerando confiança nos mercados de capitais. Utilizando dados, inteligência artificial e tecnologia como viabilizadores, equipes diversas da EY ajudam clientes a moldar o futuro com confiança e a solucionar as questões mais complexas do mundo atual.
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