Os golpes que usam criptomoedas, na maioria das vezes, utilizam da ambição e falta de conhecimento das possíveis vítimas sobre o tema
Por Afonso Morais
O caso dos jogadores da Sociedade Esportiva Palmeiras que caíram em um golpe que prometia ganhos exorbitantes relacionados a criptoativos ou criptomoedas, reforça a discussão sobre os criminosos que utilizam esses meios para extorquir as pessoas.
“É importante se atentar a esse tema, que utiliza a vontade de altos ganhos. Os golpes que usam criptomoedas, na maioria das vezes, utilizam da ambição e falta de conhecimento das possíveis vítimas sobre o tema. Prometendo ganhos que não são reais para quem entende do mercado financeiro”, explica o advogado especializado em fraudes Afonso Morais, sócio da Morais Advogados.
Afonso Morais explica que esses tipos de golpes acontecem geralmente de três formas, a primeira é baseada da ganância do lucro alto e rápido.
Nela a vítima recebe ofertas de aplicação por meio de mensagens eletrônicas (e-mail, SMS, WhatsApp), enviando um link para ser acessado, que acaba direcionado para site falso ou instala um vírus que consegue esvaziar a conta bancária e aplicações da vítima.
A segunda forma de golpe comum são pirâmides financeiras ou rug pull (puxada do tapete) esse é o que a vítima é incentivada a compra criptomoedas por redes ou até por amigos, ainda com propostas de lucros exorbitantes e rápidos. Contudo, o grupo de investidores cria um token disponibilizado por uma corretora.
Esses grupos estimulam a entrada de investidores e aumentam o valor e a percepção do mercado. Quando chegam a uma quantia considerável, simplesmente abandonam o projeto que perde totalmente o valor. Derrubando em muito o valor do token e ocasionando enormes prejuízos aos investidores.
Outro golpe é o trading bots, que são os robôs de negociação fraudulentos. Esse golpe envolve plataformas, sendo que são muitas dessas agindo ao tempo na internet. Assim existe a promessa ao usuário lucros altíssimos a cada mês.
“São sites operam em esquema de pirâmide financeira, o dinheiro novo que entra na base da pirâmide é usado para pagar as vítimas que investiram antes e estão chegando ao topo da pirâmide. O golpe se consuma quando os fraudadores acumulam fundos suficientes, desaparecem e despublicam a plataforma”, detalha Afonso Morais.
“As pessoas devem respeitar o dinheiro que passa pelas suas mãos, lembrando que não existe milagre quando o assunto é investimento, geralmente os ganhos ficam na casa de 1% ao mês, o que é um bom retorno. O ponto em comum é que esses golpes usam estrutura de engenharia social e que reaver os valores posteriormente é muito difícil. Principalmente por ter poucas informações sobre os golpistas”, alerta o educador financeiro Reinaldo Domingos, da DSOP Educação Financeira.
Ele conta que ao não se estruturar e estudar sobre o mundo das finanças e da educação financeira, as pessoas ficam mais expostas a riscos desnecessários. Lembrando que ao investir em um investimento que não tem legislação específica, a pessoa está assumindo todo o risco.
“É importante lembrar que a criptomoeda é muito utilizada pelos golpista pois não existe regulamentação para essa aplicação. Por isso, todo cuidado ao entrar nesse tipo de movimentação financeira, é importante verificar bem o site e o perfil antes de fechar, para não correr o risco de cair em um golpe”, complementa o sócio da Morais Advogados.
Assim, o cuidado nessa modalidade deve ser muito maior, indo além de não clicar em links desconhecidos.
É importante também não acreditar em milagres financeiros e não fornecer dados pessoais e financeiros pela internet ou outros meios digitais para estranhos.
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