Crimes digitais de sequestro de dados podem ser minimizados com Inteligência Artificial, blockchain e monitoramento de dark web
A segurança cibernética é uma das maiores preocupações de empresas atualmente. E não é para menos: o Brasil é o quarto maior alvo de ataques por ransomware (malware de sequestro de dados) no mundo, ficando atrás apenas dos EUA, Reino Unido e Espanha, conforme o Relatório de Ameaças Cibernéticas da SonicWall 2023.
Para maior proteção, é preciso investir em inovações que contribuam para minimizar os impactos de possíveis ataques.
“A transformação digital fez com que tudo migrasse para a internet, inclusive os crimes. As empresas precisam estar atentas a essa nova realidade e acompanhar as tendências, ainda mais levando em consideração que estudos mostram que quase um terço de todas as violações de dados envolvem ameaças internas maliciosas”, diz Vinícius Gallafrio, CEO da MadeinWeb, provedora de TI e transformação digital.
Entre as ferramentas que mais podem contribuir com a segurança de organizações estão a Inteligência Artificial (IA) e aprendizado de máquina.
De acordo com ele, essas tecnologias podem não apenas ajudar as empresas a se protegerem contra ataques cibernéticos, mas identificar a origem. Também podem ajudar na descoberta de códigos maliciosos e anomalias, fornecendo uma camada adicional de defesa.
“Estima-se que 80% dos ataques cibernéticos podem ser evitados com o uso de tecnologias de IA. Além disso, pode identificar e reparar rapidamente danos, tornando-se uma ferramenta crucial na prevenção de uma grande violação”, completa o executivo.
Segundo Vinícius, as empresas também precisam ficar de olho no blockchain como serviço, também conhecido como BaaS, já que é uma das inovações mais promissoras em segurança cibernética.
A tecnologia foi projetada para ajudar a evitar violações de dados, fornecendo um banco de dados descentralizado sobre o qual nenhuma organização tem controle, o que garante que ninguém tenha acesso a todas as informações e ajuda a rastrear quem acessou informações específicas.
“Embora o blockchain tenha sido tradicionalmente usado em finanças, muitas empresas agora o estão aplicando à segurança cibernética.Se ocorrer uma violação, o BaaS pode ajudar a minimizar os danos, pois nenhuma pessoa possui todas as informações”, explica.
Por fim, o especialista acredita que monitorar a dark web em busca de ameaças que possam prejudicar a empresa é crucial.
Através das plataformas de IA, é possível utilizar o processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina para verificar a dark web em busca de sinais de violação de dados. A partir disso, pode-se determinar os riscos que a organização corre e analisar como mitigar danos.
Transparência de dados na segurança cibernética
Mesmo que as informações de uma empresa sejam confidenciais e devam ser mantidas em segurança, é preciso garantir que os dados sejam organizados adequadamente para entender como e onde serão usados. Vinícius pontua que, dessa maneira, será possível identificar problemas e tomar medidas adequadas com mais agilidade.
“Um consultor de segurança cibernética pode ser fundamental para isso, já que a transparência de dados não pode ser exagerada. O profissional avaliará os sistemas atuais e oferecerá sugestões de melhorias que podem mudar o jogo com relação à proteção de dados”, conclui o CEO da MadeinWeb.
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